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Friday, April 09, 2004

“When I hang out with my niece sometimes, it’s like... just by spending time with her I get to reexperience a sort of eternal youngness of things.
But then I think about it and it just goes away...”

Claire in SIX FEET UNDER





É estranho como o episódio da semana passada da série SETE PALMOS DE TERRA se encontrou com os pressupostos que pretendem reger este blog.
Ainda mais estranho será o facto dessa afinidade temática ir causar a primeira ruptura com esses mesmo pressupostos


Neste momento muitos clamarão “incongruência”, mas eu prefiro chamar-lhe Humanidade, já que, sendo o raciocínio um dos mais importantes e distintivos traços dos Ser Humano, qualquer ideia sofrerá um embate com ideias contrárias que levam essa ideia inicial a reformular-se ou, simplesmente, a ser substituída.
Mostrem-me alguém que nunca foi incongruente e eu mostrar-vos-ei alguém que não pensa!


Mas voltemos à citação que abriu este post.
Muitos falariam nesse mito desculpabilizante que é o Destino – pré-programação de todas as vidas.

Por mim falo em coincidências.
Aliás, nem tanto será um coincidência.
Não se tivesse dado o caso de me ver necessitado a registar-me no Blogger e, sequencialmente, ver-me na predisposição de criar este blog, não há certeza de que tivesse dado à citação a atenção que agora lhe dedico.
Portanto, tudo será um conjunto de factores que, na sua constante probabilidade de ocorrem a qualquer momento, levaram à criação deste objecto (virtual) de pura perda de tempo.


Mas voltando a falar do Destino, e seguindo agora a linha de pensamento que violará os pressupostos deste blog (mas afinal não são todas as regras feitas para serem violadas?), acho tão bizarra essa ideia de que tudo o que ocorre nos está, a priori, imputado; de que tudo aquilo que tomamos como a nossa acção/opção estaria já determinado.
Ao acreditarmos neste pressuposto, estamos a retirar ao Ser Humano uma das poucas características que o distingue dos animais – o livre-arbítrio.
Tão imediato como a compreensão de um problema é a capacidade de escolher entre as duas posições que se podem tomar perante esse mesmo problema.
Sem isso, não somo mais do que cães a quem mandam ir buscar o pau, o jornal ou os chinelos.


Nada está escrito num gigantesco livro regido pela mão de uma figura encapuçada.
O único livro maior do que a vida é O GRANDE LIVRO DO VINHO.



E tenho dito.

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